26 de out. de 2010

Amazônia Viva: uma década de descobertas 1999-2009

Mais de 1.200 novas espécies de plantas e de animais vertebrados foram descobertas no bioma Amazônia entre 1999 e 2009. Isso significa uma nova espécie a cada três dias e confirma a Amazônia como um dos lugares mais diversos do planeta, segundo o relatório Amazônia Viva: uma década de descobertas 1999-2009, da Rede WWF.

As novas espécies descritas no relatório compreendem 637 plantas, 257 peixes, 216 anfíbios, 55 répteis, 16 aves e 39 mamíferos.

Esse relatório abrange novas descobertas que foram descritas em periódicos científicos que utilizam avaliação pelos pares. As novas espécies foram identificadas por cientistas de várias instituições do mundo todo, inclusive museus, universidades, organizações governamentais e não-governamentais.

Faça o download do relatório: http://www.wwf.org.br/informacoes/bliblioteca/?26345%2FAmazonia-Viva-uma-decada-de-descobertas-1999-2009

22 de out. de 2010

Cientistas das Américas discutem futuro da Amazônia

Encontro reunirá em Manaus, dias 25 e 26, pesquisadores de 18 países.


"O Futuro da Amazônia" é o tema central do simpósio internacional que a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Associação Interciência realizarão nos dias 25 e 26 de outubro, no Hotel Tropical, em Manaus (AM).

O evento reunirá palestrantes das Américas do Sul e do Norte em três painéis: bens e serviços ambientais; potencial da biodiversidade e desenvolvimento sustentável; e desafios ambientais. Na platéia, estarão pesquisadores dos 18 países das três Américas que têm entidades científicas associadas à Interciência.

O canadense Michel Bergeron, presidente da Interciência, explica que o simpósio, promovido em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), deverá se pautar pelos interesses comuns de pesquisadores e professores em favor do progresso da ciência na região amazônica, o que, segundo ele, a SBPC já vem fazendo nos últimos anos "de modo muito eficiente e articulado".

"Não apenas a Amazônia, mas o Planeta é uma responsabilidade de todos nós. E se a humanidade deseja viver em harmonia, ela precisa estar atenta para o fato de que as decisões sobre as questões ambientais que serão tomadas nos próximos anos influenciarão diretamente a qualidade de vidas das populações", disse.

"O desmatamento na Amazônia, por exemplo, gera mais gases do efeito estufa na atmosfera, aumentando o problema das mudanças climáticas globais. A complexidade dessa e de outras questões, como o excesso de veículos nas grandes cidades, faz com que, cada vez mais, as decisões tenham de ser tomadas em conjunto, especialmente entre grupos de governantes e de cientistas.

Para o presidente da SBPC, Marco Antonio Raupp, a articulação entre governo e instituições de pesquisa é “imprescindível” para o enfrentamento dos problemas da Amazônia uma vez que, afirma ele, “as melhores soluções serão encontradas com base nos estudos científicos".

A abertura do simpósio internacional da Associação Interciência ocorrerá às 8h30 do dia 25 com a conferência "A Amazônia: visão geral e desafios", a ser proferida por Adalberto Luis Val, diretor do Inpa.

Na sequência, os painéis abrigarão debates como "Populações tradicionais da Amazônia: diversidade cultural e o futuro", "População, saúde, biodiversidade e desenvolvimento sustentável na Amazônia brasileira", "Infraestrutura de pesquisa em biodiversidade da Amazônia", "Indústrias de extração mineral sustentável em um bioma sensível" e "Bio-inovação para as Américas".

Os presidentes da SBPC, Marco Antonio Raupp, e da Interciencia, Michel Bergeron, encerrarão o simpósio no final da manhã do dia 26 com considerações e recomendações obtidas durante os debates. "Esperamos chamar a atenção da comunidade científica para, entre outras coisas, a importância de uma maior colaboração internacional em torno dos assuntos de interesse da Amazônia, além de ressaltarmos a urgência da questão do desmatamento na região, da maior utilização de energias renováveis e do incremento das pesquisas científicas como forma de chegarmos ao desenvolvimento sustentável da região a partir de seus próprios recursos naturais", informa o presidente da SBPC.

A vinda da delegação da Interciência também será aproveitada para a realização do 36º encontro da associação, que ocorrerá no dia 24 de outubro, também em Manaus. A Associação Interciência, que congrega 33 entidades científicas de 18 países, foi criada com o objetivo de unir a comunidade científica das Américas para promover o desenvolvimento das nações e o bem-estar de seus povos.

A participação no simpósio “O Futuro da Amazônia” é aberta a pesquisadores e estudantes de pós-graduação. As inscrições devem ser feitas no local (Hotel Tropical – Sala Tarumã), a partir das 8h00 do dia 25.

A programação está em http://www.sbpcnet.org.br/interc/interciencia.pdf

19 de out. de 2010

A floresta é sustentável

Por Antonio Carlos Hummel, Diretor-Geral do Serviço Florestal Brasileiro do MMA


Os produtos madeireiros e não-madeireiros das florestas brasileiras são partes indissociáveis de várias cadeias de produção no País. A Floresta Amazônica, por exemplo, atende a uma demanda de, aproximadamente, 25 milhões de m3/ano de madeira nativa. A Caatinga, por sua vez, atende a uma demanda de cerca de 28 milhões de estéreis de lenha, principalmente para fins energéticos. O problema é que parte disso vem de exploração predatória ou do avanço da fronteira agropecuária, que converte a floresta em área agricultável, a preços de liquidação. Se essa exploração desordenada persistir, perderemos as florestas e a oportunidade de viabilizar uma economia florestal genuína, que distribua renda e promova o desenvolvimento.

O manejo florestal sustentável é uma das saídas que podem equacionar a questão. Metodologia aperfeiçoada há décadas pela pesquisa dá garantias às demandas de mercado, evitando o desmatamento e mantendo os serviços ambientais. O segredo está na exploração, por ciclos de até trinta anos (na Amazônia), que respeitem a regeneração da floresta. Em biomas não-amazônicos, esse ciclo pode ser adaptado. Segundo o IBAMA, existem, na Amazônia, mais de 11 milhões de ha de terras privadas legalizadas, que podem receber manejo sustentável. Área suficiente para oferecer de 8 a 10 milhões de m3 de madeira, de forma sustentável, que cobriria um terço da demanda de madeira nativa.

Concessões Florestais

O Governo Federal já oferece a oportunidade de manejo de áreas de florestas públicas, por concessão de uso sustentável de até 40 anos, graças à aprovação pelo Congresso Nacional da Lei de Gestão de Florestas Públicas, que criou o Serviço Florestal Brasileiro. O Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF) da União para o ano de 2010 tem como objetivo geral identificar e descrever as florestas públicas federais passíveis de concessão florestal, considerando a convergência e o alinhamento com outras políticas da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. O PAOF 2010 foi elaborado com base no Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNFP) que, em Junho de 2009 registrava aproximadamente 211 milhões de hectares de Florestas Públicas cadastradas – cerca de 197 milhões de Florestas Públicas federais e 14 milhões de florestas públicas estaduais.

Dos 197 milhões de hectares de florestas federais, 79%, ou seja, 155 milhões de hectares são compostos por Terras Indígenas, Unidades de Conservação de Proteção Integral, áreas ocupadas por comunidades locais e áreas militares, os quais devem ser excluídos de qualquer processo de concessão florestal em razão das restrições de caráter legal. A área restante, aproximadamente 42 milhões de hectares, está dividida em Florestas Nacionais (14,4 milhões de ha), Área de Proteção Ambiental (1,6 milhão de ha) e florestas não destinadas (26 milhões de ha). Esse conjunto de florestas é considerado legalmente apto para concessão florestal.

As florestas não destinadas são avaliadas com base: 1) no potencial definido para destinação como áreas de produção sob regime de concessão florestal; 2) nas condições objetivas de licenciamento ambiental no período do PAOF 2010; e, 3) na relevância estratégica. Para o período de Janeiro a Dezembro de 2010, a totalidade das florestas públicas federais não destinadas (26 milhões de ha) foi excluída da possibilidade de ser objeto de licitação para fins de concessão florestal.

As Florestas Nacionais e Áreas de Proteção Ambiental, quando avaliadas quanto à possibilidade de aprovação dos planos de manejo das unidades no período de vigência do PAOF 2010 e quanto à indicação de uso exclusivamente comunitário no período em questão, tiveram 8,9 milhões e cerca de 600 mil hectares, respectivamente, excluídos da concessão florestal em 2010.

O manejo florestal não é só uma boa iniciativa para atrair investimentos, ele também garante geração de renda para as comunidades locais. Um exemplo, na Floresta Nacional do Tapajós, PA, o Projeto Ambé, de manejo florestal comunitário, garante renda para moradores de cerca de 20 comunidades. Os cooperados manejam, além da madeira, produtos não-madeireiros, como frutos, óleos, etc.

O manejo florestal sustentável é um dos eixos da política do MMA, para tratar da conservação florestal, o outro é a regularização fundiária. Por meio dela, o desmatamento pode ser melhor controlado. E, com as propriedades legalizadas, uma produção regular de madeireiros e não-madeireiros poderá se estabelecer. Com isso, outra parte da enorme demanda por produtos florestais poderá ser atendida. O Governo Federal oferece linhas de créditos, através da Propflora do BNDES, para a produção florestal, com juros de 6,75% a.a., e que, ainda, podem ser investidas na recuperação de reserva legal, ativando-a para a produção. O empreendedor precisa pensar na melhoria dos processos tecnológicos. Diminuir perdas é fundamental. Há várias iniciativas de sucesso no MT e PA. Empresários que antes se limitavam a produzir tábuas modernizaram seus equipamentos e capacitaram pessoal, e estão fabricando tacos e outros produtos, que agregam valor e diversificam o mercado.

Caatinga

Outros biomas florestais fornecem matéria-prima para as cadeias produtivas. Na Caatinga, por exemplo, cerca de 28 milhões de estéreis de lenha/ano são consumidos de forma insustentável, para consumo doméstico e para atender à demanda de lenha e carvão de polos gesseiros e cerâmicos.

Estima-se que o comércio de carvão vegetal e lenha movimentem, juntos, cerca de R$ 700 mil por ano. A boa notícia é que pesquisas recentes provaram que o manejo da Caatinga é ambientalmente viável. A Rede de Manejo Floresta da Caatinga, apoiada pelo Global Environment Facility - GEF/Caatinga/MMA e com a participação das universidades federais de Pernambuco e Campina Grande, há décadas pesquisa o uso sustentável do bioma. Em 2008 a iniciativa recebeu o Prêmio Energy Globe Award, um dos mais importantes reconhecimentos mundiais de iniciativas ligadas ao uso sustentável dos recursos naturais e à energia renovável. O “Manejo Florestal para a Produção Sustentável de Lenha em Assentamentos Rurais do Semiárido Nordestino”, realizado pela ONG Associação Plantas do Nordeste/APNE, uma parceira do Serviço Florestal Brasileiro, foi selecionada entre 769 concorrentes de 11 países. Esse reconhecimento mostra que o Ministério do Meio Ambiente está no caminho certo quando apóia o manejo sustentável do bioma. Dados de 2007 apontam que cerca de 80 mil ha estão sobe regime de manejo ativo.

O uso sustentável dos recursos florestais deve ser considerado uma forma de inovação do setor industrial brasileiro. E o Brasil, como nação megaflorestal, tem que saber gerenciar esses recursos, de forma estratégica. O Serviço Florestal Brasileiro sabe disso e vai além. Aposta que o manejo florestal sustentável seja peça-chave para a perenidade dessas riquezas. Valorizadas, as florestas geram os próprios recursos, que serão investidos na sua conservação e manutenção dos serviços ambientais, por elas garantidos.

*Este texto é parte integrante da Revista Eco 21, edição 166, de setembro de 2010. Para conhecer acesse http://www.eco21.com.br/home/index.asp. Para assinar acesse http://www.eco21.com.br/assinaturas/assinaturas.asp.

10 de out. de 2010

O mercado de peixes ornamentais

Perto de completar 70 anos, o comércio de peixes ornamentais no Brasil ainda navega em águas incertas.

Matéria publica em  19/11/2009  na "Terra da Gente"  reúne informações relevantes sobre a temática, com destaque para Barcelos, leia em:
http://eptv.globo.com/terradagente/NOT,0,0,277939,O+mercado+de+peixes+ornamentais.aspx

8 de out. de 2010

Fest Cineamazônia®

A mostra itinerante é uma integração cultural para abertura de novos públicos para o cinema brasileiro e Latino Americano.

Um evento que tem como objetivo principal divulgar, integrar e promover discussões em torno da produção de cinema e vídeos nacionais e internacionais,legendados ou narrados na Língua Portuguesa, em especial, que tenham como temática central o meio ambiente. O Festival acontece uma vez por ano, em Porto Velho - RO, no mês de novembro.

O Fest Cineamazônia® receberá filmes de Portugal, Moçambique, Cabo Verde e Angola através de parceria firmada com a Comunidade dos Países de Lingua Portuguesa (CPLP). Esta parceria proporciona que o festival seja levado para Coimbra e Évora (Portugal), e Cabo Verde, no continente africano.

http://www.cineamazonia.com/ver_noticia.asp?id=111

4 de out. de 2010

Grupo Santander vai premiar universitários com ideias sustentáveis

Desafio é propor ações que gerem impactos ambientais, econômicos e sociais positivos em instituições de ensino
Que ideias sustentáveis você tem para a sua universidade?” Essa é a pergunta que o Grupo Santander, lança para os universitários de todo o Brasil. Para participar, os estudantes devem se juntar em grupos de três alunos e mais um professor orientador, fazer o cadastro e enviar sua proposta em formato de vídeos ou apresentações de slides pelo site http://www.caminhoseescolhas.com.br/desafiosustentabilidade/

A data limite para o envio da proposta é 12 de outubro. A proposta deve conter ações que gerem impactos ambientais, econômicos e sociais positivos e que possam ser viáveis em instituições de ensino. Os integrantes do grupo vencedor ganharão um curso de empreendedorismo na Babson College, em Boston, nos EUA.

A iniciativa faz parte do projeto Desafio Santander de Sustentabilidade, que dá oportunidade para que estudantes desenvolvam competências pessoais e profissionais e aprofundem conceitos e práticas de sustentabilidade.

Seleção

De 13 a 28 de outubro, os vídeos e slides ficarão abertos para acesso do público, que poderá se manifestar indicando as ideias que gostar mais.

Os autores dos melhores 15 trabalhos selecionados participarão de três videochats com especialistas no tema. Depois disso, os grupos concluem sua proposta com um professor orientador de sua escolha e a banca técnica escolhe os cinco melhores projetos.

Em dezembro, em um evento aberto para o público, os finalistas apresentam seus projetos em São Paulo para a banca julgadora, responsável por escolher o grande vencedor.

“Acreditamos que as universidades têm um papel fundamental na construção e disseminação de conhecimento, e na formação de profissionais e cidadãos preparados para enfrentar os desafios de nossa época”, comenta Maria Luiza Pinto, diretora de Desenvolvimento Sustentável do Santander.

Obs. Regulamento oficial: http://www.caminhoseescolhas.com.br/Concursos/material/regulamento_concurso_sustentabilidade.pdf